quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Senhora do Destino





Senhora do Destino foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida de 28 de junho de 2004 a 12 de março de 2005, com 221 capítulos. Escrita por Aguinaldo Silva com a colaboração de Glória Barreto, Maria Elisa Berredo e Nelson Nadotti. Dirigida por Wolf Maya, Luciano Sabino, Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel e Ary Coslov.Estará de volta no vale a pena ver de novo em 2009.

A trama de Senhora do destino é dividida em duas fases. A primeira – exibida em quatro capítulos – se passa em dezembro de 1968, quando a nordestina Maria do Carmo Ferreira da Silva, abandonada pelo marido Josivaldo, parte com seus cinco filhos de Belém do São Francisco, no interior de Pernambuco, rumo ao Rio de Janeiro. Desesperada, ela escreve ao irmão, Sebastião, pedindo que ele os receba. Sebastião trabalha como motorista para Josefa Magalhães Duarte Pinto, por quem é apaixonado. Ela é filha de família tradicional e dona do jornal carioca Diário de notícias, herdado após a morte do segundo marido.
Após uma série de contratempos na viagem, Maria do Carmo e os filhos chegam ao Rio de Janeiro no dia da decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5). Há um grande tumulto nas ruas do Centro, tomadas por manifestantes e policiais. O Diário de notícias, opisitor do regime militar, é invadido pela polícia, e Sebastião não consegue buscar Maria do Carmo na rodoviária. Como perdeu o papel onde havia anotado o endereço do irmão, ela segue com os filhos à procura do jornal, onde espera encontrar Sebastião. No meio da confusão em que se transformou a cidade, Reginaldo, um de seus filhos, é ferido por uma pedrada. Maria do Carmo consegue se refugiar com as crianças em uma casa abandonada. Nazaré, após uma discussão com o amante Luís Carlos, também se abriga no local. Vestida como uma enfermeira e com uma falsa barriga de grávida, Nazaré diz se chamar Lourdes e promete tomar conta das crianças enquanto Maria do Carmo leva Reginaldo ao hospital. Na volta, porém, Maria do Carmo descobre que a mulher desapareceu com sua filha recém-nascida, Lindalva.
Nazaré, na realidade, é uma prostituta do bordel de Madame Berthe que deseja se casar com o amante e mudar de vida. Ela acredita que a gravidez é a única maneira de separá-lo da esposa e da filha. Como é estéril, inventou que estava grávida para forçar Luís Carlos a assumir a criança. Ao ficar sozinha com Lindalva em seus braços, Nazaré vislumbra a chance de concretizar seu plano e seqüestra a menina. Após chantagear Madame Berthe para que confirme sua história, ela arma uma farsa e finge que deu à luz a criança, sensibilizando o amante, que larga a família para ficar com ela. A luta de Maria do Carmo para reencontrar a filha roubada é o fio condutor da trama.
Desolada com o seqüestro de Lindalva, Maria do Carmo se perde nas ruas do Rio, é confundida com os manifestantes e levada presa, assim como Dirceu de Castro, repórter do Diário de notícias, que se recusa a abandonar a redação do jornal. Josefa também é presa, tem o jornal fechado e é aconselhada a deixar o país, o que a leva para um luxuoso exílio em Paris.
Maria do Carmo e Dirceu ficam em celas vizinhas no presídio da Ilha das Flores, e o jornalista toma conhecimento da história da nordestina. Dirceu chama a atenção do comandante da prisão para o equívoco, e a jovem é solta. Ela encontra Sebastião por acaso, e os dois conseguem impedir que as crianças, que haviam sido levadas para o Juizado de Menores, sejam enviadas para um orfanato. Maria do Carmo decide se instalar no mesmo lugar onde o irmão vive, em Vila São Miguel, na Baixada Fluminense, e jura que dedicará sua vida a localizar a filha Lindalva.
Na segunda fase da novela, Maria do Carmo é uma mulher forte e bem-sucedida, mãe dedicada, dona da loja de material de construções Do Carmo, querida e respeitada em Vila São Miguel por sua ética e generosidade. Ela mantém um antigo relacionamento amoroso com Dirceu, agora editor e colunista político de um grande jornal carioca. Os dois moram em casas separadas e vivem uma relação tranqüila. Mas a nordestina tem um outro admirador: o ex-bicheiro Giovanni Improtta.É presidente da escola de samba Unidos de Vila São Miguel e disputa com Dirceu o amor de Maria do Carmo. Uma de suas características é a inseparável gravata borboleta, além do esforço para falar bonito, que o leva a cometer vários erros de português. Seu modo de falar caiu nas graças do público, que reproduzia nas ruas expressões como “felomenal” (ao invés de “fenomenal”). Entre as frases popularizadas pelo personagem estão: "Há malas que vêm de trem!"; "Vou me pirulitar-me"; "Não esqueça do meu lema: com Giovanni Improtta não tem problema"; "Então fica o dito pelo não dito, o não dito pelo dito e, como sempre, vale o escrito"; "Aqui se faz, aqui se paga. Na vida, como no restaurante, a conta sempre chega"; "Saída istrastégica"; "A vaca vai voar!", "O tempo urra, e a Sapucaí é longa!", "Giovanni Improtta, em charme e osso". Giovanni é pai de João Manoel e Jenifer. Viúvo, mora com os filhos e a sogra, Flaviana. Tem como namorada a aspirante a celebridade Danielle, a quem chama de "Ninfa Bebê" . Mas o ex-bicheiro, que vive repetindo não dever nada à polícia nem ao fisco, é apaixonado mesmo por Maria do Carmo, tendo de disputar o seu amor com o rival Dirceu, a quem se refere como "Troca Letras".
Sebastião, o irmão de Maria do Carmo, casou-se com Janice e tem três filhos: Eleonora, Venâncio e Regininha. É motorista do refinado Pedro Correia de Andrade e Couto, o barão de Bonsucesso, e de sua esposa, a baronesa Laura – um casal alegre que gosta de celebrar a vida, embora não tenha mais a mesma situação financeira de tempos atrás. O dinheiro do barão é administrado por seu filho, Leonardo, que vive reclamando dos excêntricos gastos do pai. Após conhecer Giovanni Improtta, o barão aceita ser seu personal stylist e passa a dar aulas de etiqueta ao ex-bicheiro, que se dirige a Laura como Dona Baroa, garantindo muitos momentos cômicos na história. No decorrer da trama, a baronesa descobre sofrer do mal de Alzheimer.
Os filhos de Maria do Carmo estão encaminhados na vida. O mais velho, Reginaldo, virou um político ambicioso que não se furta em tentar tirar proveito da popularidade da mãe, avessa ao seu perfil populista e demagógico. Reginaldo, o Naldo, quer se tornar prefeito de Vila São Miguel e faz campanha pela emancipação da localidade. É casado com Leila, com quem tem dois filhos, Bruno e Bianca, mas mantém um caso secreto com sua assessora parlamentar Viviane, tão ambiciosa quanto ele. Leila descobre a infidelidade do marido e, disposta a flagrá-lo com a amante, pede ajuda a Venâncio, primo de Reginaldo, para seguir os dois até um motel. Ela tenta passar para o quarto de Reginaldo pela mureta, mas sofre um acidente fatal ao cair do prédio. Esperto, Reginaldo inverte a situação, acusa a mulher de ser amante do primo, e o convence a não desmentir a história. Viúvo, Reginaldo se casa com Viviane, e a dupla arma muitas tramóias ao longo da trama em prol de seus interesses pessoais. Entre as armações, estão o falso seqüestro do próprio filho, a prisão da mãe e os assassinatos dos marginais Cigano e Seboso.
Leandro, outro filho de Maria do Carmo, trabalha como contador para Giovanni. Ele tem um conturbado relacionamento com a mulher, Marinalva, destaque da escola de samba Unidos de Vila São Miguel, que esconde uma paixão pelo cunhado Viriato, o que provoca muitos conflitos em seu casamento.
Viriato é maître do restaurante de Edgard Legrand, Monsieur Vatel, em Ipanema, na zona sul da cidade. Seu destino se cruza com o de Maria Eduarda, a Duda, quando ele a salva de um assalto. Os pais de Eduarda, Leonardo e Gisela, não aceitam o namoro da filha com um homem de classe inferior e fazem o que podem para vê-la casada com o jovem deputado federal Thomas Jefferson. No final, Leonardo descobre que é filho do mordomo Alfred com uma cozinheira que morreu no parto, tendo sido adotado pelo Barão, o que muda sua visão sobre a vida.
O caçula de Maria do Carmo, Plínio, é um jovem mulherengo que não quer saber de trabalho e só pensa em curtir a vida. Ele acaba caindo na armadilha da independente Yara, mulher alguns anos mais velha, que quer ser mãe e o escolhe como “pai de aluguel”, sem nem ao menos consultá-lo. Embora só quisesse usá-lo, Yara é obrigada a recorrer a Plínio quando a empresa em que trabalha vai à falência. Pela primeira vez, então, o rapaz encara uma responsabilidade na vida.
Lindalva, a caçula roubada de Maria do Carmo e batizada como Isabel, transformou-se em uma jovem doce e bonita, que tem uma relação de cumplicidade com a perturbada e perigosa Nazaré, que ela pensa ser sua mãe. Nazaré ainda vive com Luís Carlos e está sempre em guerra com a enteada Cláudia, que foi morar com o pai após sua mãe, abandonada pelo marido, sucumbir à depressão e morrer.
A farsa de Nazaré começa a vir à tona quando o fotógrafo Rodolfo entrega a Dirceu a foto de uma enfermeira grávida com um bebê no colo, tirada por ele durante o tumulto no centro do Rio, em dezembro de 1968. Maria do Carmo e Leandro reconhecem a seqüestradora. Dirceu pede a Rodolfo que use programas de computador para “envelhecer” a foto e chegar ao rosto atual da mulher. Depois, consegue que a história de Maria do Carmo seja tema de um programa investigativo na TV. Luís Carlos assiste ao programa e diz à Nazaré que vai denunciá-la. Os dois discutem, e ele cai da escada de casa. No chão, com fortes dores no peito, pede à Nazaré que pegue o seu remédio, mas ela não o socorre.
Com a morte do pai, Isabel começa a trabalhar no restaurante Monsieur Vatel. Ela e Edgard se apaixonam, e o maître Viriato nem imagina que a namorada do patrão é sua irmã desaparecida. O namoro de Isabel e Edgard deixa Nazaré desesperada, pois o rapaz é neto de Madame Berthe. No final da trama, o receio de Nazaré se justifica: é o diário da cafetina que confirma a história do seqüestro. Antes disso, porém, a vilã apronta muitas. Ela passa a ter como amante e aliado o inescrupuloso Josivaldo, o marido desaparecido de Do Carmo que volta para a família pedindo pensão alimentícia à mulher.
Enquanto Maria do Carmo continua a busca pela filha, Dirceu e Giovanni tentam a todo custo localizar a menina. Em uma dessas tentativas, aparece Angélica, que foi encontrada ainda bebê no mesmo dia do desaparecimento de Lindalva. Mas a alegria de Maria do Carmo dura pouco: Angélica tem uma pinta de nascença na perna e, portanto, não pode ser a filha seqüestrada. Mesmo assim, Maria do Carmo a acolhe em casa e faz dela sua secretária na loja. Angélica se envolve com Plínio, e os dois acabam se casando.
O cerco contra Nazaré vai se fechando, com a colaboração de vários amigos de Maria do Carmo, inclusive Cláudia. Ela também se torna aliada da nordestina, pois sempre odiou a madrasta. Cláudia conhece Leandro, que está interessado em Isabel sem desconfiar de que ela é sua irmã Lindalva. Ele passa por um momento difícil, pois decidiu se separar de Marinalva, e confunde a amizade de Isabel com amor. Cláudia o alerta sobre seus sentimentos, os dois se aproximam e acabam se apaixonando.
A escada da casa da personagem e sua tesoura viraram símbolos da sua personalidade psicótica. Ao mesmo tempo, Nazaré provocava risadas com seus xingamentos – entre outras expressões, ela se referia a Maria do Carmo como “anta nordestina”, chamava Cláudia de “songa monga” e Josivaldo, de “flageladão” – e também fazia rir nas cenas em que se auto-elogiava diante do espelho. Entre suas "pérolas", dizia frases como: "Gostosa! Impressionante como o tempo só te valoriza", "Eu nasci linda e loira. Uma alemanzona!", "Loiraça gostosa, gostosona, bocão. Ah, se eu te pego!", "Você é má... maravilhosa!", "Eu sou boa pra dedéu", "Raposa linda, loira e felpuda", "Quando crescer quero ser que nem você, Nazaré Tedesco". Um dos grandes momentos da trama foi o encontro de Nazaré com Maria do Carmo, que lhe dá uma surra.
Mesmo após descobrir que foi roubada de sua mãe verdadeira, Isabel ainda leva um tempo até aceitar Do Carmo como mãe. Nazaré pede desculpas a Isabel, diz que agiu em um momento de desespero. Dividida e sensibilizada, Isabel decide ficar ao lado de Nazaré, até dar-se conta de seu verdadeiro caráter.
Jenifer, a estudiosa filha de Giovanni, e Eleonora, filha de Sebastião, apaixonam-se, e, após muita resistência, os pais se vêem obrigados a aceitar o romance, passando por cima dos preconceitos. As duas assumem a relação, passam a viver juntas e adotam um recém-nascido, abandonado próximo ao hospital onde Eleonora trabalha como médica.Jenifer e Eleonora não formaram o único casal homossexual na trama: o carnavalesco Ubiracy, o Bira, também tinha o seu par, Turcão.
A comunidade de Pedra Lascada, localizada em Vila São Miguel, é cenário para a história de Rita de Cássia. Mãe de Lady Daiane e Maikel Jeckson, Rita é vítima de violência doméstica e dependência química. Ela apanha do marido, o marginal e mau-caráter Cigano – que está preso no início da trama –, e trava uma luta contra as drogas. Sua vida fica ainda mais tumultuada quando a filha, de apenas 15 anos, engravida de Shao Lin. Ele é um “marginalzinho” temido na comunidade, líder de uma turma de desocupados, e não quer assumir a paternidade da criança.Depois, Rita passa a namorar o taxista português Constantino, que enfrenta Cigano em nome de seu amor. Daiane, já com o filho nos braços, engravida novamente, desta vez de Bruno, o filho de Reginaldo, mas perde o bebê. No final da trama, Shao Lin vira um rapaz responsável, percebe que é apaixonado por Daiane e assume o filho. Daiane, por sua vez, começa a trabalhar na educação de jovens meninas, prevenindo-as das dificuldades de uma gravidez precoce.
Um outro tema que causou repercussão foi o drama vivido por Seu Jacques. Ele se transformou em uma espécie de representante dos aposentados que sofrem com os atrasos do INSS. Indignado, vive repetindo sua história por onde passa: ex-vendedor, teve a aposentadoria calculada de forma errada e seu pedido de revisão tramita há oito anos. Seu Jacques, em cenas bem-humoradas, virou um cronista implacável do cotidiano, com análises precisas e cortantes da realidade.
Seu Jacques se apaixona por Djeane,antiga colega de Nazaré no bordel, que reaparece na vida da ex-prostituta. Durante uma discussão com Nazaré, Djenane cai da escada da casa da vilã e morre. Com medo de ser considerada suspeita da morte da amiga, Nazaré arma uma situação para que pensem que Djenane roubara jóias e dinheiro da casa e, na correria, teria tropeçado e caído da escada. A atriz Elizângela retorna no final da trama no papel de uma irmã de Djenane, funcionária do banco onde Seu Jacques tem conta, e os dois terminam juntos. Ainda no núcleo do aposentado, cujo cenário é o Bairro Peixoto, em Copacabana (zona sul do Rio).
A atriz Marília Gabriela retorna à novela no papel de Guilhermina, a filha de Josefa, que se torna um obstáculo na realização de um antigo sonho de Sebastião e Dirceu: reabrir o Diário de notícias. Guilhermina tenta impedir o leilão de um original do pintor Cézanne, que Josefa havia deixado para Sebastião, e cuja renda seria usada para a reabertura do jornal. A tela permaneceu vários anos escondida no Galaxie que Sebastião herdou de sua ex-patroa e mantém guardado em sua garagem. Apesar dos entraves, o jornal é reaberto, e nele passam a trabalhar Cláudia, Alberto e Rodolfo. Guilhermina e Dirceu se estranham em um primeiro momento, e seus encontros sempre terminam em troca de acusações. A hostilidade mútua dá lugar à paixão, e os dois ficam juntos no fim da história, depois que Maria do Carmo aceita se casar com Giovanni.
Nazaré morre após atirar-se de uma ponte na cachoeira de Paulo Afonso, na Bahia.Ela se suicida após seqüestrar Linda, a filha de Isabel e Edgard. Diante de Isabel, porém, ela se redime e lhe entrega o bebê antes de saltar para a morte.
Reginaldo, denunciado por suas falcatruas na prefeitura de Vila São Miguel, é hostilizado pelo povo. Ele resolve fazer um comício, onde espera, mais uma vez, ludibriar os eleitores. Maria do Carmo, porém, descobre a verdade sobre a morte de Leila e revela tudo ao eleitorado. Reginaldo é apedrejado pelos populares. Uma pedra o atinge na cabeça e ele morre. Viviane culpa a sogra pelo acontecido.
Leandro se casa com Cláudia, que engravida. Viriato, após passar um período na França especializando-se em culinária, volta ao Brasil e reata com Duda, com quem havia se casado. Plínio, casado com Angélica, ganha de Yara a permissão para ficar com o filho Dado, já que ela vai se mudar para o Japão. Regininha engravida do namorado João Manoel, e os dois apressam o casamento. Danielle e Venâncio, casados, descobrem que vão ser pais. Marinalva se casa com o deputado Thomas Jefferson, e Viviane vira esposa do senador Victório Vianna. Josivaldo acaba nas ruas, como um mendigo maltrapilho e enlouquecido. Através de uma narração feita por Maria do Carmo, os telespectadores ficam sabendo do futuro dos jovens personagens: Daiane ganha o prêmio Nobel da Paz por sua atuação social; e Bianca, sua neta e filha de Reginaldo, é eleita prefeita de Vila São Miguel.

Elenco
em ordem da abertura da novela
Ator
Personagem
Suzana Vieira
Maria do Carmo Ferreira da Silva
José Mayer
Dirceu de Castro
José Wilker
Giovanni Improtta
Carolina Dieckmann
Isabel Esteves Tedesco/Lindalva Ferreira da Silva/Maria do Carmo Ferreira da Silva
Eduardo Moscovis
Reginaldo Ferreira da Silva
Marcello Antony
Viriato Ferreira da Silva
Débora Falabella
Maria Eduarda Corrêia de Andrade e Couto (Duda)
Leonardo Vieira
Leandro Ferreira da Silva
Dado Dolabella
Plínio Ferreira da Silva
Ângela Vieira
Gisela de Andrade Couto
Nelson Xavier
Sebastião Ferreira da Silva
Yoná Magalhães
Flaviana
Miriam Pires
Clementina
Dan Stulbach
Edgard Legrand
José de Abreu
Josivaldo Ferreira da Silva
Wolf Maya
Leonardo Corrêia de Andrade e Couto
Leonardo Miggiorin
Shao Lin (Políbio)
Heitor Martinez
João Manoel Improtta
Adriana Lessa
Rita de Cássia
Mara Manzan
Janice Ferreira da Silva
André Gonçalves
Venâncio Ferreira da Silva
Maria Maya
Regina Ferreira da Silva (Regininha)
Mylla Christie
Eleonora Ferreira da Silva
Bárbara Borges
Jennifer Improtta
Mário Frias
Thomas Jefferson
Ludmila Dayer
Danielle
Carol Castro
Angélica
Participações Especiais
Ator
Personagem
Glória Menezes
Baronesa Laura Corrêa de Andrade Couto
Raul Cortez
Pedro Correia de Andrade e Couto (Barão de Bonsucesso)
Atrizes Covidadas
Ator
Personagem
Renata Sorrah
Maria de Nazaré Tedesco (Lurdes)
Letícia Spiller
Viviane Fontes
Apresentando
Ator
Personagem
Tânia Kalil
Marinalva Ferrari (Nalva)
Nuno Melo
Constantino Pires
Jéssica Sodré
Lady Daiane
Agles Steib
Mikel Jeckson
Leonardo Carvalho
Gato
Crianças
Ator
Personagem
Marcela Barrozo
Bianca Ferreira da Silva
Thadeu Matos
Bruno Ferreira da Silva
Miguel Rômulo
Reginaldo (criança)
Ramon Motta
Leandro (criança)
Marcelo Max
Viriato (criança)
Cássio Ramos
Plínio (criança)
Participações especiais na 1ª fase
Ator
Personagem
Marília Gabriela
Josefa de Medeiros D. Pinto / Maria Guilhermina de Medeiros D. Pinto
Adriana Esteves
Nazaré (jovem)
Gabriel Braga Nunes
Dirceu de Castro (jovem)
Luiz Carlos Vasconcelos
Sebastião (jovem)
Werner Schunemann
Comandante Saraiva
Tônia Carrero
Madame Berthe Legrand
Tarcísio Filho
José Carlos (jovem)
Jonas Bloch
Inspetor Bogel
Fábio Ferrer
Giovanni Improta (jovem)
Manoel Candeias
Josivaldo (jovem)
Maria Amélia Brito
Laura (jovem)
Luciele di Camargo
Djenane (jovem)
Cláudio Corrêa e Castro
Afonso
Emiliano Queiróz
Padre Léo
Rogério Fróes
General Bandeira
André Valli
porteiro do Diário de Notícias
Ruth de Souza
Marina
Neuza Amaral
Dona Mena
Ilva Niño
Dona Bil
Maria Gladys
Dona Mimin
Paulo Reis
policial
Rodrigo Hilbert
Rudi
Luiz Magnelli
Vital

Equipe técnica
Direção de arte
Mario Monteiro
Cenógrafos
May Martins
Monica Aurenção
Erika Lovisi
Cristina Delamare
Cenógrafos assistentes
Cristina Crizel, Liana Slipoi, Vania Brito, Luis Claudio e Cleonice Megalle.

Curiosidades


Exibida entre 28 de junho de 2004 e 12 de março de 2005 em 221 capítulos.
Com esta envolvente história, baseada em um fato real e verídico, Aguinaldo Silva, criou o maior sucesso de audiência do horário nobre, de todos os tempos, desde a novela O Rei do Gado, exibida em 1996. Senhora do Destino obteve média geral de 50 pontos no horário, fato que faz de Aguinaldo Silva, o detentor de maior audiência do horário nobre da década de 2000. Definitivamente, um marco da teledramaturgia.
Devido a seu sucesso está cotada para reprise após Mulheres Apaixonadas, mas ainda não é oficial.
A novela possuiu uma primeira fase de quatro capítulos mostrando o tema da ditadura militar no Brasil. Após isso, a história acontece num tempo fictício, que possuía características do início dos da década de 90 e dos anos 2000, como declarado pelo autor. Isso suscitou diversas críticas, já que, se a história se passava mais ou menos 25 anos depois do AI-5, seria em 1993, 1994, e, eram mostrados carros atuais, o real como moeda, adotado apenas em 1994, e merchandising de produtos não existentes na época em questão.
A primeira fase foi do capítulo 1, em 1968, até o capítulo 4, no ar em 1º de julho de 2004, uma quinta-feira, onde o público foi apresentado à Maria do Carmo (Suzana Vieira), nos dias de hoje. O sotaque de Suzana Vieira deu muito o que falar na época, mas não se pode deixar de elogiar a interpretação inesquecível da atriz para sua Maria do Carmo.
Nazaré, a antagonista principal da trama, que Renata Sorrah brilhantemente fez, é considerada uma das piores vilãs da história, só perdendo para Odete Roittman (Beatriz Segall, em Vale Tudo, 1988/89); Flora Pereira (Patrícia Pillar, em A Favorita, 2008/09); e Bia Falcão (Fernanda Montenegro, em Belíssima, 2005/06), por causa das suas maldades. O seu final foi marcante, um dos mais bem feitos, pois ela se jogou de uma ponte a 90 metros de altura na cidade de Paulo Afonso, Bahia. Na trama, ela matou várias pessoas, tal como seu marido José Carlos. Além de aterrorizar a vida de sua enteada Cláudia (Leandra Leal), ela também tinha um apelido para uns dos personagens da novela: "anta nordestina" (Maria do Carmo); "ingrata" (Isabel); "bicheiro" (Giovanni); "songamonga" (Cláudia); "morta-viva" (Eduarda), etc. Este tenha sido, talvez, o melhor personagem de toda a carreira de Renata Sorrah, tamanha o talento que a atriz imprimia em suas cenas.
Não à toa, o capítulo de maior audiência da trama, foi o capítulo 101, no ar em 26 de outubro de 2004, uma terça-feira, em que a protagonista Maria do Carmo (Suzana Vieira), dá uma surra na vilã Nazaré (Renata Sorrah). O episódio rendeu 66 pontos de picos e 88% de share. Curiosamente, a cena foi ao ar, exatamente 6 meses depois, de uma cena, que também rendeu a maior audiência da novela anterior Celebridade, em que a protagonista Maria Clara (Malu Mader) dá uma surra na vilã Laura (Cláudia Abreu).
Suzana Vieira e Renata Sorrah ainda interpretariam duas rivais em outra novela de Aguinaldo Silva: Duas Caras, em 2007/2008, onde Suzana viveria Branca Barreto de Moraes (a segunda Branca da atriz) e Renata viveria Célia Mara de Andrade Couto Melgaço. As duas rivalizariam por causa de João Pedro Pessoa de Moraes, personagem de Herson Capri, que era amante de Célia (Renata Sorrah) e marido de Branca (Suzana Vieira).
Renata Sorrah, embora tenha participado de várias novelas anteriores de Aguinaldo Silva, como Pedra Sobre Pedra e A Indomada, não foi a primeira opção para interpretar a malvada Nazaré, que chegou a ser oferecida para Elizabeth Savalla, mas a direção da emissora não aprovou essa escolha. Peguntada sobre isso no quadro Arquivo Confidencial do Domingão do Faustão, Renata respondeu que nunca se preocupou com isso, e nunca quis saber se outra atriz recusou o papel e tampouco pensou em comparações entre possíveis desempenhos de outras atrizes para esse papel. Independente disso, a personagem ficou perfeita para Renata.
Carolina Dieckmann cumpriu bem seu papel, na pele de Isabel/Lindalva. Ela tinha em mãos, um personagem difícil. Começou como a filha mimada da perversa Nazaré (Renata Sorrah), até descobrir ser filha de Maria do Carmo (Suzana Vieira). Sua personagem, teve várias oscilações de caráter, sendo que o ápice deles, foi no capítulo 135, no ar em 1º de dezembro de 2004, uma quarta-feira, onde mãe e filha, finalmente se encaram, frente a frente.
O time de jovens atores formado por Marcello Antony, Eduardo Moscovis, Leonardo Vieira e Dado Dolabella, filhos de Do Carmo (Suzana Vieira), também merece destaque. Com histórias e núcleos bem desenvolvidos, cada um teve sua devida importância, na trama.
O eixo principal é baseado na história verdadeira de um seqüestro acontecido no Brasil, no qual uma prostituta, vestida como uma trabalhadora social, seqüestrou uma criança, para fazer seu namorado pensar que ela dera à luz um filho dos dois. A seqüestradora é Vilma Martins Costa, no caso Pedrinho.
A atriz Miriam Pires, que interpretava Clementina, cozinheira e amiga de Maria do Carmo (Suzana Vieira), faleceu no dia 7 de setembro de 2004, uma terça-feira, enquanto ia ao ar, o capítulo 62, vítima de toxoplasmose. Para suprir sua ausência, Cristina Mullins, continuou a viver Aurélia, filha de Clementina, e, mãe de Políbio. Aurélia possuía basicamente as mesmas atribuições que Clementina. Na trama, a personagem não morreu, estava apenas doente e reclusa em seu quarto, recuperando-se. Foi lançado na vida real, o livro A Cozinha de Dona Clementina, trazendo diversas receitas. Na novela, fez-se uma homenagem à atriz no capítulo no qual o livro fora lançado.
Destaque para Marília Gabriela, que participou da primeira fase como a destemida e encantadora jornalista, Josefa. Marília retornou à trama, a partir do capítulo 158, no ar em 28 de dezembro de 2004, uma terça-feira, como Maria Guilhermina, filha de Josefa.
Eduardo Moscovis passou por sérios problemas ao declarar que, para interpretar Reginaldo, um político corrupto, baseou-se em um determinado famoso político brasileiro. Reginaldo teve um fim trágico, ao ser morto, no penúltimo capítulo, apedrejado pelo povo, em fúria. Aliado da esposa Viviane (Letícia Spiller), Reginaldo foi capaz dos golpes mais sórdidos e baixos, sendo que o ápice deles, foi a morte da esposa Leila (Maria Luísa Mendonça), que caiu da sacada do motel, ao vê-lo na cama, com Viviane. As cenas foram ao ar logo na primeira semana da trama, no capítulo 6, no ar em 3 de julho de 2004, um sábado.
Senhora do Destino, foi a primeira novela brasileira a mostrar duas mulheres homossexuais a dormirem juntas, na mesma cama. Também foi a primeira novela a mostrar a aceitação normal dos familiares, diante de um relacionamento entre duas mulheres. Apesar de ter abordado o mesmo tema em sua novela Mulheres Apaixonadas, exibida no ano anterior, Manoel Carlos foi muito mais discreto e ousou bem menos, que Aguinaldo Silva, no que tange ao tema.
A Adoção de Renato por Eleonora (Mylla Christie) e Jenifer (Bárbara Borges), toca no tema da adoção por um casal homossexual. Mostra também o problema das crianças abandonadas no Brasil e como a adoção, seja por casais heterossexuais ou homossexuais, pode fazer muitas crianças felizes.
O ator Raul Cortez teve de se afastar das gravações de Senhora do Destino para se dedicar a um tratamento de câncer. O desfecho do personagem e de sua esposa, a qual passou a sofrer de mal de Alzheimer, dona Laura, vivida por Glória Menezes, foi antecipado. Foi a última novela do ator, que faleceu em 18 de julho de 2006, uma terça-feira.
Ainda sobre Raul, criou-se para o Barão, um irmão de nome Lourenço, residente em Mato Grosso, irmão esse que sofria um acidente, levando o Barão a viajar para prestar-lhe assistência. Foi assim que se contornou, na novela, o problema gerado pela sua enfermidade.
Senhora do Destino também foi o último trabalho do ator Cláudio Corrêa e Castro, que veio a falecer poucos meses após o término da novela, em 16 de agosto de 2005, uma terça-feira.
Destaque para José Wilker, que fez de seu Giovanni Improtta, um personagem inesquecível, ficando mesmo no final, com a protagonista, Maria do Carmo (Suzana Vieira). O felomenal de Giovanni, o qual pagava ao Barão para ser seu personal stylist e se transformar num homem fino, virou mania.
A jovem atriz Leandra Leal brilhou como Maria Cláudia, a enteada de Nazaré (Renata Sorrah).
Ítalo Rossi e Flávio Migliaccio, também criaram tipos marcantes, dando vidas ao mordomo Alfred e ao aposentado Jaques.
Como já acontecera em outras novelas de Aguinaldo Silva, mais uma vez, um personagem de suas novelas anteriores voltava à cena: Victório Vianna, personagem de Lima Duarte, em Porto dos Milagres, exibida em 2001.
Rui Paulo Martins, que fazia parte da equipe da novela, foi convidado para fazer uma pequena participação no primeiro capítulo da história, como o príncipe da Inglaterra.
Por conta do grande apelo sensual de personagem Jeniffer, Bárbara Borges estampou a capa da revista Playboy, de fevereiro de 2005.
A novela foi satirizada pelo Casseta & Planeta, Urgente! com o título Sem Hora Pro Intestino.
A abertura da novela se dava ao som de Encontros e Despedidas (Maria Rita), mostrando fotos de pessoas, sendo as coloridas, dos atores da novela, e as em preto-e-branco, de anônimos. A canção também foi satirizada pelo Casseta & Planeta, Urgente!, cuja letra ficou: "As fotos coloridas são de atores da Globo, e as em preto-e-branco devem ser de figurantes...".

A foto no começo acima, foi da personagem Nazaré Tedesco(Renata Sorrah), que foi vilã da trama!